Após um ano de trabalho, Kermes pediu desligamento ontem; Anderson Santos, assume temporariamente o cargo
Notícia publicada na edição de 18/01/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 1 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
 Werinton Kermes esteve no Cruzeiro do Sul, acompanhado de Anderson Santos, para explicar a saída - Por: Adival B. Pinto |
Maíra Fernandesmaira.fernandes@jcruzeiro.com.br
Após um ano à frente da Comissão de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (CDC), responsável pela Lei de Incentivo à Cultura (Linc), o jornalista Werinton Kermes anunciou ontem sua desligamento da presidência da comissão. "Quando aceitei o convite do secretário Anderson Santos e do prefeito Vitor Lippi, não me atentei que 2012 se tratava de um ano eleitoral" conta ele sobre a decisão. De acordo com Kermes, cuja gestão se estenderia até o próximo ano, sua ideia é aproveitar o ano eleitoral e elaborar uma agenda de reuniões sobre políticas públicas de cultura, para discutir com todos os candidatos à Prefeitura de Sorocaba e de Votorantim, propondo planos para melhor trabalhar o tema em ambos os municípios. "Quero ficar tranquilo para elaborar as propostas junto com a classe artística e comunidade. Apresentar junto aos candidatos o quanto é importante a gestão pública de cultura, já que esse tema quase nunca é discutido nos debates em período eleitoral", esclarece.
Com a saída de kermes, quem assume a presidência da CDC é o próprio secretário, Anderson Santos, que adianta que ficará no cargo até o encerramento do processo das inscrições para a Linc. Após essa fase, nomeará um novo presidente para acompanhar a etapa de julgamento dos projetos. "Pode ser alguém da própria comissão, ou mesmo de fora dela. O que não será é alguém ligado à Prefeitura", fala ele, que ainda não apontou nomes para o cargo.
Apesar da surpresa com a decisão de Kermes, que desde a semana passada já havia manifestado a intenção de desligamento para o secretário, Santos reconhece o quanto difícil será substituí-lo. "Ele é muito importante, tem muito conhecimento no assunto. Estou agradecido pelo que fez, de forma altruísta dedicou-se voluntariamente ao cargo. Tivemos avanços consideráveis, como aumento de verba e abertura de espaço de conversa com a comunidade, mas o processo continua", garante.
Santos ainda disse entender a posição de Kermes. Para ele, como há explicitamente por parte do ex-presidente a decisão de se envolver nos debates políticos, o desligamento é para isentar a Linc de influências políticas. "Ele fará muita falta, não será fácil substituí-lo", elogia Santos.
Conquistas
Kermes deixa o cargo com a sensação de missão cumprida. "Quando eu assumi, no início do ano passado, tive uma reunião com Anderson Santos, e planejamos o que poderíamos avançar em 2011. 90% do que planejamos foi executado", alega Kermes, lembrando conquistas como a abertura do edital da Linc em janeiro. "Em todo esse tempo, foi a primeira vez que a Linc abriu seu edital em janeiro, dando mais tempo para produtores e artistas. Lembro de editais que saiam em março", comenta.
Além da abertura do edital, pontuou também a abertura de debates com a sociedade, com a realização de Audiências Públicas e encontros, onde discutiram melhorias e mudanças na lei, sempre criticada pela classe artística; o aumento na porcentagem da verba que está em quase R$ 850 mil para 2012, e a desburocratização, com a aceitação do documento de Antecedente Criminal obtido via internet, que antes não era aceito pela comissão. "Nesses 12 meses, entendi o que é estar do outro lado. Eu que sou produtor, muitas vezes não entendia o processo, muitas vezes fui crítico", reconhece. Para ele, todos os produtores culturais ou deveriam fazer parte da comissão ou se colocar disponível ao cargo de presidente, para entender o quão complexo é o outro lado.
Vale lembrar que, logo na primeira reunião da comissão, quando foi apresentado como presidente, houve uma resistência, por parte de alguns membros, quanto as ideias de Kermes. O mal estar do primeiro contato, no entanto, parece ter se desfeito no decorrer do ano. "Lembro de todo o clima que foi a minha chegada e fico muito feliz de ter conseguido reverter aquela situação. Termino esse período satisfeito", comemora. "Foi um ano em que a Linc saiu para o debate. Só não contribuiu quem se omitiu", alfineta.
Quanto à Linc, o atual presidente da CDC adianta que a comissão continua a mesma, salvo pelos membros que pediram para deixar o cargo, ou aqueles cujo os dois anos de participação tenham vencido. E sobre a possibilidade de haver dois editais no ano, foi enfático em admitir que depende do quanto de verba será investido em bons projetos. "Se sobrar, abriremos outro edital sim", revela.
Após um ano à frente da Comissão de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba (CDC), responsável pela Lei de Incentivo à Cultura (Linc), o jornalista Werinton Kermes anunciou ontem sua desligamento da presidência da comissão. "Quando aceitei o convite do secretário Anderson Santos e do prefeito Vitor Lippi, não me atentei que 2012 se tratava de um ano eleitoral" conta ele sobre a decisão. De acordo com Kermes, cuja gestão se estenderia até o próximo ano, sua ideia é aproveitar o ano eleitoral e elaborar uma agenda de reuniões sobre políticas públicas de cultura, para discutir com todos os candidatos à Prefeitura de Sorocaba e de Votorantim, propondo planos para melhor trabalhar o tema em ambos os municípios. "Quero ficar tranquilo para elaborar as propostas junto com a classe artística e comunidade. Apresentar junto aos candidatos o quanto é importante a gestão pública de cultura, já que esse tema quase nunca é discutido nos debates em período eleitoral", esclarece.
Com a saída de kermes, quem assume a presidência da CDC é o próprio secretário, Anderson Santos, que adianta que ficará no cargo até o encerramento do processo das inscrições para a Linc. Após essa fase, nomeará um novo presidente para acompanhar a etapa de julgamento dos projetos. "Pode ser alguém da própria comissão, ou mesmo de fora dela. O que não será é alguém ligado à Prefeitura", fala ele, que ainda não apontou nomes para o cargo.
Apesar da surpresa com a decisão de Kermes, que desde a semana passada já havia manifestado a intenção de desligamento para o secretário, Santos reconhece o quanto difícil será substituí-lo. "Ele é muito importante, tem muito conhecimento no assunto. Estou agradecido pelo que fez, de forma altruísta dedicou-se voluntariamente ao cargo. Tivemos avanços consideráveis, como aumento de verba e abertura de espaço de conversa com a comunidade, mas o processo continua", garante.
Santos ainda disse entender a posição de Kermes. Para ele, como há explicitamente por parte do ex-presidente a decisão de se envolver nos debates políticos, o desligamento é para isentar a Linc de influências políticas. "Ele fará muita falta, não será fácil substituí-lo", elogia Santos.
Conquistas
Kermes deixa o cargo com a sensação de missão cumprida. "Quando eu assumi, no início do ano passado, tive uma reunião com Anderson Santos, e planejamos o que poderíamos avançar em 2011. 90% do que planejamos foi executado", alega Kermes, lembrando conquistas como a abertura do edital da Linc em janeiro. "Em todo esse tempo, foi a primeira vez que a Linc abriu seu edital em janeiro, dando mais tempo para produtores e artistas. Lembro de editais que saiam em março", comenta.
Além da abertura do edital, pontuou também a abertura de debates com a sociedade, com a realização de Audiências Públicas e encontros, onde discutiram melhorias e mudanças na lei, sempre criticada pela classe artística; o aumento na porcentagem da verba que está em quase R$ 850 mil para 2012, e a desburocratização, com a aceitação do documento de Antecedente Criminal obtido via internet, que antes não era aceito pela comissão. "Nesses 12 meses, entendi o que é estar do outro lado. Eu que sou produtor, muitas vezes não entendia o processo, muitas vezes fui crítico", reconhece. Para ele, todos os produtores culturais ou deveriam fazer parte da comissão ou se colocar disponível ao cargo de presidente, para entender o quão complexo é o outro lado.
Vale lembrar que, logo na primeira reunião da comissão, quando foi apresentado como presidente, houve uma resistência, por parte de alguns membros, quanto as ideias de Kermes. O mal estar do primeiro contato, no entanto, parece ter se desfeito no decorrer do ano. "Lembro de todo o clima que foi a minha chegada e fico muito feliz de ter conseguido reverter aquela situação. Termino esse período satisfeito", comemora. "Foi um ano em que a Linc saiu para o debate. Só não contribuiu quem se omitiu", alfineta.
Quanto à Linc, o atual presidente da CDC adianta que a comissão continua a mesma, salvo pelos membros que pediram para deixar o cargo, ou aqueles cujo os dois anos de participação tenham vencido. E sobre a possibilidade de haver dois editais no ano, foi enfático em admitir que depende do quanto de verba será investido em bons projetos. "Se sobrar, abriremos outro edital sim", revela.
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